No capítulo anterior:
Nesse momento, eu fixei os
meus olhos nos do Pedro e percebi que ele estava a divertir-se com aquele
momento, era isto que ele queria. Ele queria mostrar que eu sou dele e só dele
e queria assumir publicamente, em direto, para não deixar dúvidas nenhumas que
ele é o meu namorado e assim seria.
Estava na hora, esta era a nossa
hora, a hora de “oficializarmos” o nosso namoro e eu não poderia perder a
oportunidade. Eu iria magoá-lo e isso eu não quero. É só ele que me importa…
- Meu senhor, dá-me a honra desta
dança? – Perguntei, de olhos postos no meu namorado, e fazendo uma pequena
vénia, como uma perfeita “cavalheira”.
A minha pequena brincadeira gerou gargalhadas, mas
nada comparando com o que se seguiu. Os meus jogadores entreolharam-se, riram e
levantaram-se os dois das suas cadeiras (que se encontravam lado a lado) e
vieram ter comigo. O meu primo correu na minha direção para me abraçar em
primeiro lugar e fazer uma figura típica de criança, ou seja, fez caretas para
o meu namorado e gritou inúmeras vezes:
- Toma, toma, toma… Eu ganhei, a Nocas é minha…
- Isso era o que tu querias… - Afirmou o meu namorado,
enquanto me puxava (delicadamente) pelo braço. – A Inês é a mulher da minha
vida e eu não vou deixar que ninguém a roube de mim…
Não sei se ele se esqueceu que estávamos em plena
televisão ou estava consciente desse facto, mas essa questão não me impediu de
ficar emocionada e de beijá-lo apaixonadamente. Recado enviado para as cabras,
atrevidas, prostitutas, mulheres da má vida, chupistas, taradas, atiradiças e
todas as outras mulheres que não largam o meu homem, que só pensam em levá-lo
para a cama ou conquistá-lo ou sacar-lhe dinheiro? Espero que sim, ele é meu e
eu não vou perder o único homem que me amou verdadeiramente e me fez amar, como
nunca antes fui capaz de fazer…
- Parou já! Vocês depois continuam isso em casa. Não
sou obrigado a ver isto… - Disse o meu primo ciumento, com voz emburrada. –
Cabeçudo, tu vieste aqui para verem a minha menina dançar Kizomba, não para se
devorarem em público.
- Não saiam daí, porque depois deste curtíssimo
intervalo, teremos Inês Correia, responsável e membro do grupo que atua duas
vezes nesta noite, com o seu namorado a dançar Kizomba… - Anunciou assim a
apresentadora, uma pequena pausa.
A produção fez sinal e por 45 segundos, nós não
estaríamos no ar. Eu logo ouvi a Diana resmungar sobre o quão ciumento era o
meu primo e picardias e gargalhadas seguiram-se, mas eu só ouvia tudo ao longe.
A minha cabeça estava a pensar que os 45 segundos eram tão-somente o tempo para
eu me concentrar e pensar como é que iria fazer com o Pedro. Nós não tínhamos
uma coreografia de Kizomba. As vezes que dançamos juntos, foi em discotecas ou
festas, não precisávamos que saísse bem a dança, só queríamos estar colados um
ao outro… A minha preocupação devia estar estampada no meu rosto, porque só
ouvi o Jójó sussurrar-me:
- Lembras-te da coreografia que fizemos para a música
“Não me toca”? É só dançares isso com o teu namorado e tudo vai correr bem,
confia em mim…
Nem tempo tive para raciocinar o que acabara de ouvir,
muito menos para questionar. Nós estávamos outra vez em direto e a música
começou, todos os que estavam no palco connosco, formaram um semicírculo e não
tiraram os olhos de nós.
A coreografia podia ser minha com o meu melhor amigo,
mas aquela dança estava a ser diferente… Realmente, há quem diga que nós somos
comandados pelas nossas emoções, os nossos sentimentos gerem as nossas ações,
escolhas, a nossa vida. E, realmente talvez seja verdade… Quer dizer, eu estou
a dançar com uma coreografia muito familiar para mim com um homem, mas sinto-me
completamente diferente. O facto de estar a dançar com aquele que amo
perdidamente difere tudo. A coreografia é obra minha, mas toda a parte
emocional é culpa dele. Eu sinto-me completamente nas nuvens, eramos só nós os
dois ali, eu nos braços do meu homem a dançar.
No início, ainda ouvia algumas palmas e gargalhadas à
nossa volta, mas depois voei para uma outra dimensão… E só acordei no final da
música com um doce beijo e uma enorme algazarra dos meus amigos à nossa volta.
- Agora tem ainda mais lógica o porquê de ter uma
loira linda agarrada à televisão a assistir ao jogo do Benfica. Mas, atenção,
ela não é pacífica… - Comentou a apresentadora Cristina Ferreira.
- ‘Cê tem razão, Cristina… Este mulherão pega fogo a
gritar pela equipa e a discutir com o árbitro. É uma zoeira como eu nunca vi…
Ainda bem que tive a honra de ver esse show… - Afirmou um concorrente do
programa, um ator de telenovela da TVI, o brasileiro sexy Bruno Cabrerizo.
O programa continuou ainda com uns quantos comentários
e brincadeiras sobre a minha pessoa, o meu namoro, a nossa dança…
O olhar do Pedro transmitia muito mais que alegria,
era orgulho, deslumbre, fascínio, amor, paixão e paz. A vida como casal “famoso”
não seria fácil, mas ver o Pedro assim compensava tudo, até porque eu tinha a
certeza que ele seria o único que eu poderia amar desta forma louca na minha
mísera vida…
Olá, pessoal! Ontem o meu Benfica ganhou 6x0 e hoje os B's ganham 2x0, em que o meu menino marcou o primeiro golo... Yeah! \o/
Portanto, eu decidi publicar aqui uma parte de um capítulo, visto ser demasiado pequeno para se chamar capítulo, mas foi o que consegui. Vou continuar com a fic, por todas as pessoas que me incentivaram a isso e porque eu não gostaria de deixar a minha primeira fic sem um fim concreto. Não sei se haverá muitos mais episódios deste romance, mas ainda há aventuras para acontecer.
Portanto, eu decidi publicar aqui uma parte de um capítulo, visto ser demasiado pequeno para se chamar capítulo, mas foi o que consegui. Vou continuar com a fic, por todas as pessoas que me incentivaram a isso e porque eu não gostaria de deixar a minha primeira fic sem um fim concreto. Não sei se haverá muitos mais episódios deste romance, mas ainda há aventuras para acontecer.
Beijinhos,
Rita B.